- Quando as províncias da América Central tentaram se unir
Para entendermos melhor esse acontecimento e o seu resultado final (no século XX), é preciso fazer uma explanação de como tudo começou.
Em 1823, constitui-se os Estados Unidos da América Central. Seus membros eram os atuais Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. A intenção destes era a de constituir uma nação moderna e democrática, enriquecida graças ao comércio internacional que se processaria através do seu território, ligando os Oceanos Atlântico e Pacífico.
Entretanto, os problemas surgiram de forma praticamente insuperáveis, existia forte contraposição entre conservadores e liberais, problemas de cunho social além de grande burocracia do governo, que mostrou-se ineficaz. Essa foi a primeira tentativa de se estabelecer um governo unificado neste território, após isso outras tentativas aconteceram durante século XIX, mas também sem sucesso.
A última tentativa aconteceu em uma conferência na Costa Rica em 1920, na qual Costa Rica, El Salvador, Guatemala e Honduras assinaram um pacto de união. Em 1921, El Salvador, Guatemala e Honduras aprovaram o pacto e formaram a República Federal da América Central.
Contudo, em 1922 a Guatemala resolveu se separar desta e os outros dois também preferiram retomar sua soberania. Mais uma vez o plano de uma América Central unificada foi abortado.
A bandeira era constituída por três faixas horizontais, uma branca entre duas azuis, representando assim a terra entre os dois oceanos. O brasão de armas mostrava cinco montanhas (uma por cada uma das repúblicas constituintes da federação), situadas entre dois oceanos e, sobre ela, um barrete frígio, o emblema dos revolucionários franceses.
- Outros fatos importantes
COSTA RICA:
O voto direto foi instituído em 1913, mas o candidato à presidência mais votado não conseguiu a maioria e à Assembléia Legislativa elegeu Alfredo González Flores. Em 1917, um movimento liderado pelo general Federico Tinoco depôs o presidente constitucional e instituiu uma ditadura. Dois anos mais tarde, Tinoco foi forçado a renunciar por pressões internas e do governo estadunidense, que não reconhecera o regime
GUATEMALA:
Na década de 20 o reino da Guatemala foi marcado por divisões.Primeiro foi dividido por duas províncias independentes, a Província da Guatemala e da Província da Nicarágua e Costa Rica. Já em 1821, na véspera da independência, foram criadas três províncias, Chiapas, El Salvador e Honduras, segregadas da província da Guatemala.
NICARÁGUA:
Em 1926, o governo da Nicarágua recorreu à ajuda dos fuzileiros navais norte-americanos, para combater a guerrilha iniciada pelos líderes liberais José Maria Moncada Tapia e César Augusto Sandino. O governo dos EUA atendeu ao pedido e garantiu aos rebeldes que seriam relizadas eleições livres na Nicarágua. Diante da promessa, Moncada aceitou paralisar a revolução, porém Sandino manteve a luta contra a ocupação norte-americana. Em 1933, os americanos se retiraram da Nicarágua. Sandino depôs as armas e reconciliou-se com o governo, mas acabou assassinado por ordem do general Anastasio Somoza García, comandante da Guarda Nacional.
HAITI:
Entre a segunda metade do século XIX ate o começo do século XX o Haiti mudou de governante 20 vezes!Desses, 16 foram depostos ou assassinados. Em 1915 tropas dos EUA ocuparam o Haiti sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país, e só se retiraram em 1934.
MÉXICO:
A Revolução Mexicana e a guerra civil estiveram presentes na realidade mexicana no fim do século XIX, sendo findadas finalmente na década de 20; porém os conflitos armados continuaram. Agora a disputa era entre os que queriam uma sociedade secular, com separação entre Igreja e Estado, e os que defendiam a supremacia da Igreja Católica. Esse impasse resultou num levantamento armado por parte de apoiantes da Igreja, e culminou na chamada Guerra Cristera.
Outro acontecimento marcante da década de 20 foi a criação do Partido Nacional Mexicano, pelo então presidente general Plutarco Elías Calles. O PNM teve um papel importantíssimo na tentativa de convencer a maioria dos generais revolucionários que ainda restavam, desmobilizando assim os seus exércitos pessoais, que depois passaram a integrar o Exército Mexicano. O PNM depois mudou para Partido Revolucionário Institucional e alguns consideram a fundação desse ultimo como o marco do fim da Revolução Mexicana.
Referências Bibliográficas:
http://menen.dh.iscte.pt/crono/crono_1.htm
http://lanic.utexas.edu/la/ca/salvador/indexpor.html
http://lanic.utexas.edu/la/ca/guatemala/indexpor.html
http://lanic.utexas.edu/la/ca/cr/indexpor.html
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/america-central.htm
http://www.voyagesphotosmanu.com/historia_do_guatemala.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mexico/historia-do-mexico.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/haiti/haiti-3.php
segunda-feira, 15 de março de 2010
Sobre o periodo de 1920-1930
quinta-feira, 4 de março de 2010
Sobre o período de 1909-1920
- A Guerra Hispano-Americana
A guerra hispânico-americana começou com acusação americana de que os espanhóis teriam sabotado um navio americano em Havana, Cuba. Assim os EUA exigiram que os espanhóis declarassem a independência cubana. Os espanhóis obviamente recusaram, e assim começou uma guerra onde mais obviamente ainda os americanos ganharam, conseguindo então incorporar ao seu território as colônias de Cuba, Guam, Filipinas e Porto Rico. Essa guerra levou ainda a outra conseqüência, a de Cuba ter se tornado protetorado dos EUA por quatro anos, sendo administrada por um governo militar americano, ate o dia 20 de maio de 1902, mas não sem antes convencer a Assembléia de incluir em sua Constituição a Emenda Platt, que dava direito de intervenção no país por parte dos EUA e também permitia aos americanos a instalação de uma base naval em Guantánamo.
- Independência do Panamá e a construção do Canal do Panamá
O canal do Panamá foi uma idéia genial que pretendia resolver o problema da navegação de ir de um oceano a outro sem ter que dar a volta no continente americano. Assim o francês Ferdinand de Lesseps conseguiu a autorização do governo da Colômbia – a quem a região pertencia – e começou a construção. Porém as chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos e altíssimas taxas de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais, como malária e febre amarela, causaram demoras imprevistas no projeto original, e após quatro anos a companhia faliu abandonando o canal. Os EUA , sempre em busca de dominar o mundo, declarou que eles conseguiriam terminar o projeto, e assim assinou o Tratado Hay-Herran, mas o Senado colombiano não o ratificou. Então o presidente Roosevelt usou de uma tática esquisita para conseguir o que queria: ele deu a entender aos rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha estado-unidense apoiaria a causa de independência panamenha. O Panamá acabou por proclamar sua independência em 3 de Novembro de 1913, e o U.S.S. Nashville, em águas panamenhas, impediu toda e qualquer interferência colombiana.
Quando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha estado-unidense estacionar navios de guerra perto da costa panamenha para "exercícios de treinamento", e assim dizem que os colombianos evitaram fazer uma guerra contra os americanos, deixando então o Panamá livre.
Como forma de retribuição e agradecimento o Panamá presenteou os EUA com o controle da Zona do canal do Panamá em 23 de Fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões e 250 mil anuais a partir de 1913, ano de sua inauguração. Após 14 anos de trabalho, um francês e três americanos, o canal finalmente ficou pronto e a região livre do mosquito da febre amarela- o que dizem que foi mais difícil do que a construção do próprio canal.
- A Guerra das Bananas
Este conflito tem como raiz a guerra Hispano-Americana, ocorrida em 1898 entre os Estados Unidos e a Espanha. O resultado foi o domínio americano sobre Cuba, Porto Rico, Guam e Filipinas (Ásia) e maior influência em outros países da América Central.
Os interesses dos EUA em dominar esta região eram diversos, entretanto o fator econômico era o que mais pesava neste caso. O termo "guerras das bananas" surge a partir da conexão entre estas intervenções e à preservação dos interesses comerciais americanos na região. Com destaque a empresa norte Americana United Fruit Company, que teve participações significativas na produção de bananas, tabaco,cana-de-açúcar, e vários outros produtos em todo o Caribe, América Central e na porção norte da América do Sul. Isto rendeu a alguns Estados dessa região a denominação de “República das bananas”.
Além dos interesses econômicos nos produtos exportados, os EUA tinham interesse em manter uma esfera de influência naquela região, com especial atenção ao Panamá e sua localização geográfica privilegiada. Esta intervenção norte-americana pôde ser vista, por exemplo, no Panamá com a construção do canal ligando o oceano atlântico ao pacífico, e na constituição de fevereiro de 1904, que autorizava a intervenção das forças armadas norte-americanas em caso de desordens públicas, o que, na prática, equivalia à instauração de um protetorado. E de fato essa intervenção ocorreu, em 1918 sob o pretexto de ajudar as autoridades panamenhas para manter a ordem e dar proteção aos cidadãos norte-americanos dessas províncias.
Viu-se ainda a intervenção norte-americana na política da Nicarágua, com a resistência de líderes como Augusto César Sandino. Também em Honduras, em 1917 quando havia rebelião e anarquia num território disputado com a Guatemala, os EUA enviaram tropas para proteger os interesses das empresas bananeiras. Na República Dominicana interferiram nas eleições (1913), exigiram que cargos públicos de importância fossem ocupados por Norte-Americanos e em 1916 ocuparam o país.
No Haiti os EUA intervieram a partir de um pretexto econômico. Após adquirir controle sobre o banco central do Haiti, os norte-americanos usaram a crescente dívida do primeiro como pretexto para sua ocupação, que durou de 1915 a 1934. Também houve intervenção na constituição deste país, criada em 1917, em grande parte por oficiais do Departamento de Estado e o Ministério da Marinha dos EUA.
No México as intervenções norte-americanas aconteceram tanto por razões econômicas como políticas. Durante a revolução Mexicana os EUA enviaram tropas em 1914 e em 1916, entretanto, a invasão americana foi um fracasso.
- Outros fatos importantes
COSTA RICA:
A Costa Rica teve sua independência declarada em 1821. O país experimentou formas de governos despóticos em meados do século XIX, mas em 1890 tornou-se presidente José Joaquín Rodríguez, cuja eleição foi considerada a primeira inteiramente livre e sem fraudes na América Latina, a qual inaugurou uma tradição de democracia na Costa Rica. Em 1913 o voto direto foi instituído, mas o candidato à presidência mais votado não conseguiu a maioria e a Assembléia Legislativa elegeu Alfredo González Flores.
Em 1917, um movimento liderado pelo general Federico Tinoco depôs o presidente constitucional e instituiu uma ditadura. Dois anos mais tarde, Tinoco foi forçado a renunciar por pressões internas e do governo estadunidense, que não reconhecera o regime.
NICARÁGUA:
O século XX encontrou o país sob o vigoroso controle do liberal José Santos Zelaya, que governou de forma ditatorial entre 1893 e 1909 e estendeu a autoridade nicaragüense sobre a reserva do reino unido.
A insolvência financeira da Nicarágua e a apreensão por parte dos EUA quanto a seus assuntos financeiros com a Grã-Bretanha, motivaram a intervenção dos Estados Unidos, os quais apoiaram a revolução que derrubou Zelaya, em 1907, e não reconheceram seu sucessor, José Madriz. Os americanos passaram a controlar a alfândega, o banco central e as ferrovias do país. Adolfo Díaz foi eleito presidente.
Em 1912 a humilhação nacional levou à revolução. Após essa revolta contra seu governo, Díaz pediu ajuda militar aos norte-americanos, que ocuparam o país. Para apoiar o novo governo, foram enviados alguns marines para o território. Seus sucessores, Emiliano Chamorro(1871-1966) e Diego Manuel Chamorro (1861-1923), também receberam apoio americano. Em 1925 o destacamento militar retirou-se e a luta entre liberais e conservadores deu origem a uma guerra civil.
PANAMÁ:
Em 1914 é aberto oficialmente para tráfego o Canal do Panamá, que ligava o oceano atlântico ao pacífico, e cujo uso, controle e ocupação foi cedido aos Estados Unidos pelo governo provisório Panamenho na época através do Tratado Hay-Bunau-Varilla. 
Referências Bibliográficas:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_hispano.htm
http://www.areamilitar.net/HistBCR.aspx?N=38
http://www.brasilescola.com/geografia/canal-panama.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/canal-do-panama/canal-do-panama.php
http://www.brasilescola.com/historia-da-america/historia-porto-rico.htm
http://www.bibliografia.una.ac.cr/
http://www.aghn.edu.ni/
http://biblioteca.bcn.gob.ni/
http://www.binal.ac.pa/
http://www.alonsoroy.com/
http://www.ceaspa.org.pa/